
Atirávamos pedras à água para o silêncio vir à tona.
O mundo, que os sentidos tonificam,
surgia-nos então todo enterrado na nossa própria carne,
envolto por vezes em ferozes transparências
que as pedras acirravam sem outro intuito
além do de extraírem
às águas o silêncio que as unia.
Luís Miguel Nava
Vulcão I
Poesia Completa
1979-1994
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