terça-feira, 3 de setembro de 2013

Dormir um pouco...




Dormir um pouco — um minuto,
um século. Acordar
na crista
duma onda, ser
o lastro de espuma
que há no sono
das algas. Ou
ser apenas
a maré, que sempre
volta
para dizer: eu não morri, eu sou
a borboleta
do vento, a flor
incandescente destas águas.


Albano Martins, in "Castália e Outros Poemas"

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