sábado, 23 de janeiro de 2010

Recortar a lua


Se chegar tarde
não me esperes com palavras
podem formar pensamentos
com arestas vivas e cruas.


Se na espera
imaginares
o sorriso da minha alma
talvez te lembres de fazer a cama
de azul mar
com pétalas de rosa
e espigas de arroz.


Quando eu entrar
na cama
saberei que me esperaste
com a alma que é gémea da minha.


E, não direi uma palavra
antes de para ti recortar a lua
de um céu vermelho...

PM

3 comentários:

Anónimo disse...

E assim, quando mais tarde me procure,
Quem sabe a morte,angústia de quem vive,
Quem sabe a solidão, fim de quem ama,
eu possa me dizer do amor (que tive):
que não seja imortal,posto que é chama,
mas que seja infinito enquanto dure.

(Vinicius, claro - porque acho que é esse o sonho final do poema/da poetisa...)

Bj.
C(EN)

Petra Maré disse...

Sim Eva é preciso que não deixemos morrer os nossos amores, por falta de imaginação, e sempre, que sejam infinitos enquanto durem...

RIODERRADEIRO disse...

Parfait! Voilà...