sexta-feira, 25 de abril de 2014

ABRIL...

Sentei-me no jardim, na terra aquecida pelo soalheiro dia que se vivia.
Estava no meio das flores e do chilrear dos pássaros.
Gentilmente toquei as ásperas pedras quentes que estavam a meu lado.
Olhos do mundo.
Perto delas estava um cravo
Fraco e débil
Saudoso do lar
Uma qualquer espingarda de Abril
Uma qualquer arma da revolução...
A Liberdade
O espírito perdeu-se ou Evoluiu
O cravo vermelho foi esquecido
Mas naquele dia e nos outros eu era livre
Mesmo se nem sempre o valorizei.
Contudo
O cravo de Portugal
Ou Portugal num cravo
Jaziam no chão...
Propósitos perdidos
Ideais corrompidos.
A Liberdade não era a mesma
Coisas que não deviam ser esquecidas estavam perdidas.
Olhei o Céu e as Árvores e pedi conselhos.
Então num virar da ampulheta
Olhei à minha volta e vi cravos vermelhos
Até onde o olhar alcançava
E quem sabe mais além.
A Liberdade de Abril
Do Abril da Liberdade
Subsistia.
Estava de novo viva.
Empunhada pelos jovens.
Então peguei na mais bela das pedras que estava ao meu lado
E tentei vergá-la mas não fui capaz.
Era Portuguesa e livre.
Tal como eu
Tal como nós.

25 de Abril Sempre!!!!!!!!

Pedro de Sousa Barros, meu filho mais velho.
25 de Abril de 2008.

2 comentários:

Anabela Magalhães disse...

Excelente escolha que foi também a minha!
Beijo grande!

http://anabelapmatias.blogspot.pt/2014/04/25-de-abril-sempre.html

Petra Maré disse...

Obrigada, Anabela.