terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Mas que raio! A mensagem sofreu do inconseguimento da transmissão, pelo ridículo e pretensiosismo da linguagem!? (post temporário?!)




O meu medo, eu formulá-lo-ia de modo abstracto.
É o medo do não conseguimento.
O inconseguimento de estar num centro de decisão fundamental
a que possa corresponder uma espécie de nível social frustracional derivado da crise.
Mas também tenho medo que a crise não me permita até, eu diria,
espaços de energia para ser mais criativa.
Há sempre esse medo. É também o do não conseguimento.
E tenho medo de um não conseguimento ainda mais perverso,
o da Europa se sentir pouco conseguida e de ela não projectar para o mundo
o seu soft power sagrado, a sua mística dos direitos,
a sua religião civil da dignidade humana.
Tenho medo do egoísmo, que nos deixa, de certo modo,
castrados em termos pessoais e que nos deixa castrados em termos colectivos,
 que não permita aquilo que os franceses chamam reussir;
 o conseguimento; o conseguimento pessoal e colectivo.
Tenho medo do não conseguimento.

Assunção Esteves.



3 comentários:

Anónimo disse...

A fotografia entre as "Físicas" e as "Quimicas" de Coimbra faz juz à matafísica da autora do inconseguimento...
Melhor: o que faz juz ao inconseguimento é o nome pelo qual aquele monte de aço ou ferro era conhecido no fim dos anos 70/80 e que me abstenho de aqui referir... Apareça o atrevido.....

Anónimo disse...

Este é o melhor post abrigado do vento...
não pode ser temporário, mas definitivo...
Se eu soubesse o nome do monumento escrevia... começo a ficar curioso...

Anónimo disse...

Zé se não esquecer do torneio de dominó naquela sala que cheira a peixe (ou a peixeirada, por causa do mercado em frente) a que a malta se habituou a chamar sede do PSD/Pombal. Chegado à capital da Catalunha, o nosso Eleito Mateus é claro que não deu por lá com convocatória alguma. Deu, sim, com aquela catedral muito esquisita dedicada à Expiação da Sagrada Família, espécie de barraca desenhada sobre os joelhos por um gajo chamado Gaudi, gajo que suponho tenha sido o mesmo a projectar aquele “peido-geométrico”, como se diz em Coimbra, que é a igreja da Guia. Mas adiante, se não o Celestino Mota ainda pensa que eu só me refiro ao Gaudi para dizer mal dele (dele, Celestino).