quinta-feira, 1 de novembro de 2012

como uma vela







queria que me acompanhasses
vida fora
como uma vela
que me descobrisse o mundo
mas situo-me no lado incerto
onde bate o vento
e só te posso ensinar
nomes de árvores
cujo fruto se colhe numa próxima estação
por onde os comboios estendem
silvos aflitos


ana paula inácio
poetas sem qualidades
averno
2002


2 comentários:

Anónimo disse...

Bonito texto, eu que sou um poeta frustrado.
O problema do vento resolve-se com o abrigo, Maria!!!
Bjs de ontem.

Anónimo disse...

Como as rosas selvagens, que nascem
em qualquer canto, o amor também pode nascer
de onde menos esperamos. O seu campo
é infinito: alma e corpo. E, para além deles,
o mundo das sensações, onde se entra sem
bater à porta, como se esta porta estivesse sempre
aberta para quem quiser entrar.
(...)
Variações sobre rosas, Nuno Júdice.