segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Engenho de café ou cacau

Chove!
Chove...
Nada posso imaginar sobre esta chuva de Outono, que não me cause dor.
Gosto das folhas secas do Outono a dançar no vento e das saias das mulheres a esconderem-se dele...
Com esta chuva nem dança de folhas nem bailado de saias.
Se fosse uma chuva de Verão, que refresca a terra, que liberta aromas de amor apressado, que fortalece as árvores sedentas, vinha mesmo a calhar.
Mas... se é chuva que eu tenho, e se é em chuva que eu penso, o que me falta é o engenho para saboreá-la.
Chuva de Verão é refresco de limão, com aroma de café, num dia quente.
Se eu me libertar do nevoeiro, das folhas secas e do casaco, talvez possa saborear o limão e cheirar o café.
Estou à lareira, acendi a minha fogueira, vou fazer uma tisana de limão e torrar café.
Talvez lá fora esteja a cair chuva quente... o nevoeiro está cada vez mais claro!
Chove!
É hora de desfrutar o sabor do limão, o aroma do café e o exótico paladar de um chocolate quente acabado de inventar.

4 comentários:

Heduardo Kiesse disse...

que essa água venha pra limpar e varrer o que dentro chora!



abraço terno!

Petra Maré disse...

Muito obrigada.
Também, pelo abraço.

PB Pereira disse...

Bonito. Mesmo.

Petra Maré disse...

Os meus olhos repetem-se.
Um beijo PB, ou PM.