Pescador da barca bela
Onde vais pescar com ela,
Que é tão bela,
Oh pescador?
Não vês que a última estrela
No céu nublado se vela?
Colhe a vela,
Oh pesacador!
Deita o lanço com cautela,
Que a sereia canta bela...
Mas cautela,
Oh pescador!
Não se enrede a rede nela,
Que perdido é remo e vela
Só de vê-la,
Oh pescador.
Pescador da barca bela,
Inda é tempo, foge dela
Foge dela
Oh pescador!
Almeida Garrett (1799-1854), in Rosa do Mundo 2001 poemas para o futuro.
2 comentários:
Que saudades!.... e as borboletas (borbo letras) uma maravilha
É Augusto, a saudade leva-nos á procura destas jóias. E ficamos cheios qaundo as encontramos...
cheios de cheiros, de paladares de sensações... quasi esquecidos.
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