Alice
Era uma mulher indómita.
Deambulava de dia ou de noite por Jovim.
Andava sem destino firmado ou definido.
Comia quando os pobres se cansavam de a ver beber.
Vestia a roupa sem olhar o lado ou o tempo.
Saía igual com a virtude ou com a perversidade.
Encontrava-se muitas vezes com destinos trágicos
e engravidava frequentemente deles.
Sofria dores nunca contadas
ouvidas em gritos que rasgavam noites de bréu.
Perdera tudo.
Os pais que a tinham semeado.
O homem que a fizera flor.
Os filhos que gerara e não criava.
Desapareceu ela e a bebida que calava debaixo da saia
num dia frio de Dezembro.
Não a procuraram.
Os cães encontraram-na, num dia de Primavera
nos limites de Jovim
no fundo de um poço
rodeado de flores de malvaísco.
Era uma mulher indómita.
Deambulava de dia ou de noite por Jovim.
Andava sem destino firmado ou definido.
Comia quando os pobres se cansavam de a ver beber.
Vestia a roupa sem olhar o lado ou o tempo.
Saía igual com a virtude ou com a perversidade.
Encontrava-se muitas vezes com destinos trágicos
e engravidava frequentemente deles.
Sofria dores nunca contadas
ouvidas em gritos que rasgavam noites de bréu.
Perdera tudo.
Os pais que a tinham semeado.
O homem que a fizera flor.
Os filhos que gerara e não criava.
Desapareceu ela e a bebida que calava debaixo da saia
num dia frio de Dezembro.
Não a procuraram.
Os cães encontraram-na, num dia de Primavera
nos limites de Jovim
no fundo de um poço
rodeado de flores de malvaísco.
P.M.
2 comentários:
Adorei a fotografia... muito bonita.
Não sei se o poema é seu.. mas tomei a liberdade de o copiar para utilizar no meu momentos e olhares... espero que não se importe
Jorge Soares
É meu sim, Jorge. Tome toda a liberdade.
P.M.
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