Devemos ser suaves, suaves, suaves uns com os outros, porque somos muito frágeis...
sábado, 9 de abril de 2011
Lua Nova
Meu novo quarto
Virado para o nascente:
Meu quarto, de novo a cavaleiro da entrada da barra.
Depois de dez anos de pátio
Volto a tomar conhecimento da aurora.
Volto a banhar meus olhos no mênstruo incruento das madrugadas.
Todas as manhãs o aeroporto em frente me dá lições de partir:
Hei de aprender com ele
A partir de uma vez
- Sem medo,
Sem remorso,
Sem saudade.
Não pensem que estou aguardando a lua cheia
- Esse sol da demência
Vaga e noctâmbula.
O que eu mais quero,
O de que preciso
É de lua nova
Manuel Bandeira
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5 comentários:
Você lembrou o grande esquecido Bandeira. Bem Haja!
Sol lua: inseparáveis.
Me lembrou outro esquecido de portugal
PÔR DO SOL NA BOA-NOVA
Mar alma na tarde morta
que cortas dedos na luz
abro-me todo: sou porta
que só contigo transpus
Ruy Belo
Sol, lua, mar, saúdade,
Morro de inveja de tanta liberdade
E eu aqui a trabalhar...
O PM, voce diz que precisa
É de lua nova
E depois mostra prá gente foto de quarto minguante?
É, Lua Nova não se mostra, caríssimo anónimo, lua nova é austera, escondida, difícil, ela se vislumbra no mais pequeno quarto minguante...
Dark Side of the Moon, tou nessa PM.
Me dá um vislumbre, favor...
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