Devemos ser suaves, suaves, suaves uns com os outros, porque somos muito frágeis...
domingo, 17 de junho de 2012
o beco da agra
O beco não tem olhos de vigia.
Aquele beco lá da infância
onde as roseiras picam a correria
e as rosas, rosa fuscia, embelezam a solidão
dizem que ainda lá está.
Quanta correria travada pelas roseiras
Quanta ansiedade amansada pelas rosas, rosa fuscia,
das margens do nesgo beco.
O beco correndo como um rego seco
Ao fundo o esplendor da cerejeira
carregada de faróis vermelho escuro,
como olhos.
E os nossos olhos
esperavam a escada na cerejeira
a cesta das cerejas ao fundo
com o gancho caído
e as mãos cheias de tanta luz vermelha,
sangue de cerejeira.
O calor naquele beco
ora queimando o peito
ora queimando o ventre.
Não se adormece no beco
Nas margens não há casas coalhadas
Às vezes, pela manhã,
o leite caminhava ensonado na leiteira
até desembocar na mesa,
longe do beco.
O beco encurtava caminhos
E atravessa-nos a alma pura de criança.
PM
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1 comentário:
Tem olhos tem....
Olha só:
Um político austríaco foi apanhado por uma câmara a ter relações sexuais numa floresta, da província de Caríntia...
Há olhos em todo o lado....
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