Fui criança, indo por um carreiro,
a caminho do mar, mão na outra
mão,
entre árvores, pedras, insectos e aves.
toda a Natureza me coube nas
pupilas,
mestra de sentimentos, e eu discípula.
E se fechava os olhos,
ela punia-me
com o silêncio cruel das ondas,
a mudez imerecida dos
insectos,
e a distância das aves que doía.
Se os abria, tudo me
rodeava,
apaziguado e meu,
mas a mão que me trazia a mão
puxava-me para
a luz de cada dia.
Fiama Hasse Pais Brandão
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