Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
3 comentários:
Belo soneto de Vinicius. Ele melhor do que ninguém conhecia a alma humana, onde quer que ela pare, porque era um verdadeiro ser humano bebendo o seu uisque de realidades.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Biblioteca Nacional, em 24/06/2010
etpluribusepitaphius.blogspot.com
Antes que o mês só regresse para o ano, um sincero e reconhecido agradecimento, acrescido de um louvor a Vinicius.
Agradecida eu, caríssimo Augusto, por aceitar a amizade, assim tão leve e ao longe...
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