quarta-feira, 23 de junho de 2010

Aos meus muitos amigos, aniversariantes neste mês


Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

3 comentários:

Jorge Manuel Brasil Mesquita disse...

Belo soneto de Vinicius. Ele melhor do que ninguém conhecia a alma humana, onde quer que ela pare, porque era um verdadeiro ser humano bebendo o seu uisque de realidades.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Biblioteca Nacional, em 24/06/2010
etpluribusepitaphius.blogspot.com

AugustoMaio disse...

Antes que o mês só regresse para o ano, um sincero e reconhecido agradecimento, acrescido de um louvor a Vinicius.

Petra Maré disse...

Agradecida eu, caríssimo Augusto, por aceitar a amizade, assim tão leve e ao longe...